Visão

No dia 11 de setembro de 1970, um marco histórico foi estabelecido: a criação da Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg).

A união de 145 representantes de diferentes cooperativas representou um passo fundamental para a consolidação do movimento. A Ocemg rapidamente se tornou a Casa do Cooperativismo Mineiro, atuando como órgão de representação política, sindical-patronal e de defesa do cooperativismo no Estado.

A década de 1980 foi marcada por um período de grande crescimento do cooperativismo mineiro. O número de cooperativas e de associados se multiplicou, e o setor se consolidou como uma importante força econômica e social no Estado.

Nesse contexto, a Ocemg desempenhou um papel crucial, expandindo sua atuação e criando novas ferramentas para fortalecer o movimento cooperativista. Entre as iniciativas mais importantes, destaca-se a criação do Sescoop-MG.

A partir desse momento, a entidade passou a se chamar Sistema Ocemg, sendo formado pela junção das duas importantes instituições: Ocemg e o Sescoop-MG. A Ocemg ainda integra a Federação dos Sindicatos das Cooperativas dos Estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina (Fecoop-Sulene).

O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de Minas Gerais (Sescoop-MG) é uma instituição sem fins lucrativos que atua na promoção da educação cooperativista e no desenvolvimento sustentável de Minas Gerais, por meio da atuação das cooperativas.

Criado em 1999, o Sescoop-MG é fruto do posicionamento do setor cooperativista brasileiro e das cooperativas do Estado, que reconheceram a importância de estimular a competitividade do setor através da oferta de cursos, palestras e programas nas mais diversas áreas de gestão, governança e sustentabilidade.

O Sescoop/MG atua em três frentes para impulsionar a competitividade das cooperativas: Educação Cooperativista e Profissional, Monitoramento e Mercados e Desenvolvimento Sustentável.

Na virada do século, o Sistema Ocemg passou a focar na sustentabilidade e na responsabilidade social do cooperativismo. A entidade se engajou em diversas ações para promover o desenvolvimento social, econômico e ambiental das comunidades onde as cooperativas atuavam.

Outra marca importante da Casa do Cooperativismo Mineiro foi a intercooperação, atuando como catalisador, promovendo iniciativas que viabilizassem a comunicação e a troca de conhecimento e boas práticas entre as cooperativas do Estado.

A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas (AIC), reconhecendo o papel fundamental que estas empresas desempenham no desenvolvimento social, econômico e ambiental. A escolha é um marco histórico que trará benefícios e impactos significativos para o movimento cooperativista em todo o mundo.

A escolha se deu no intuito de contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), uma vez que as cooperativas estão ativamente engajadas na Agenda 2030 da ONU, promovendo o desenvolvimento sustentável em diversas áreas, como combate à pobreza, fome, desigualdade e mudanças climáticas.

Além disso, a resiliência e recuperação pós-pandemia demonstrou que as cooperativas apoiaram seus membros e comunidades com serviços essenciais e soluções inovadoras. As cooperativas fortalecem a democracia e a inclusão, pois são empresas de propriedade e geridas pelos seus membros, com base nos princípios da democracia, igualdade e participação, promovendo a inclusão social e econômica de grupos marginalizados. Combinando eficiência econômica com responsabilidade social e ambiental, as cooperativas demonstram um modelo de negócio sustentável e resiliente.

A proclamação de 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas pela ONU é uma oportunidade histórica para o movimento cooperativista. Através de ações conjuntas e coordenadas, as cooperativas podem fortalecer seu papel na construção de um futuro mais justo, sustentável e próspero para todos.